Principal fiador da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reagiu às movimentações do Palácio do Planalto e também mobilizou deputados licenciados para retomarem seus mandatos e votarem no emedebista na disputa pelo comando da Casa, nesta segunda-feira (1º).
Levantamento feito pela CNN no sistema da Câmara mostra que, até este domingo (31), o balanço se mantinha favorável a Baleia. Enquanto Arthur Lira (PP-AL) conseguiu, até agora, que três parlamentares reassumissem o mandato para votar nele, o emedebista já conta com votos de cinco deputados que voltaram para a Casa nos últimos dias.
Esses cinco parlamentares ocupavam cargos de secretários estaduais ou municipais em seus Estados. São eles: Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA), Márcio Jerry (PCdoB-MA), Marcelo Calero (Cidadania-RJ), Josias Gomes (PT-BA) e Pedro Paulo (DEM-RJ).
Ao retomarem seus mandatos, esses cinco deputados impediram seus respectivos suplentes de votarem em Lira. Os suplentes eram de partidos que apoiam oficialmente o candidato do PP -- entre eles Republicanos, PSD e PROS – ou haviam prometido voto em Lira.
Secretários estaduais no Maranhão, Pereira Júnior e Márcio Jerry, por exemplo, evitaram o voto em Lira de seus suplentes Dr. Gonçalo (Republicanos) e Gastão Vieira (PROS), respectivamente. Secretário na Bahia, Josias Gomes tirou de Lira o voto de Paulo Magalhães (PSD).
Nesse processo, Maia e Baleia contaram com a ajuda de governadores e prefeitos aliados. Entre eles, os governadores do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e da Bahia, Rui Costa (PT), e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), que liberou Calero e Pedro Paulo.
Do lado do candidato do PP, a ajuda veio principalmente do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro exonerou os ministros Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Cidadania) para retomarem seus mandatos na Câmara e votarem em Lira.
Ambos do DEM, Onyx e Tereza tinham como suplentes políticos do PSDB e PSL que haviam prometido voto em Baleia. A terceira ajuda para Lira veio de Covatti Filho (PP-RS), que deixou a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul para votar no correligionário na Câmara.
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