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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Campanha da Fraternidade 2021 constrange parte dos Católicos


A Campanha da Fraternidade de 2021, liderada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem causado constrangimento em parte dos fiéis católicos por embasar questões de gênero, divisão de classes e até apontar como ”sem consciência” os contrários pelo lockdown – seguindo claramente uma agenda política de viés esquerdista dentro da Igreja. Vale lembrar, que a CNBB não é a voz da Igreja, cabendo as questões doutrinárias do catolicismo apenas a Vossa Santidade, o Papa.

Neste ano, tem como tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”, o escopo da campanha foi coordenado pela pastora evangélica Romi Bencke, uma conhecida militante da esquerda. A base da campanha traz questões associadas ao feminismo e aos LGBTs.

A Campanha da Fraternidade ocorre no cerne da Igreja Católica do Brasil há mais de 50 anos e, a cada cinco anos, é elaborada pelo Conselho de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).

No documento, a CNBB utilizou dados de uma associação denominada “Grupo Gay da Bahia”, apresentados no Atlas da Violência 2020, para falar sobre homicídios de homossexuais no país. “Estes homicídios são efeitos do discurso de ódio, do fundamentalismo religioso, de vozes contra o reconhecimento dos direitos das populações LGBTQI+ e de outros grupos perseguidos e vulneráveis”, diz trecho do texto-base.

A campanha foi embasada por um grupo de oito representantes de igrejas e movimentos cristãos brasileiros, entre eles: Igreja Católica Apostólica Romana, por meio da CNBB; Aliança de Batistas no Brasil; Igreja Episcopal Anglicana; Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Presbiteriana Unida; Sirian Ortodoxa de Antioquia; Igreja Betesda (igreja convidada); e CESEEP, organismo ecumênico.

O grupo Templário de Maria afirma que a CNBB usou o período quaresmal para tratar de assuntos contrários à fé católica. “É um texto que acusa de serem sem caridade e sem consciência os fiéis que não concordaram com o lockdown nas igrejas“, disse a organização.

Para o especialista em matéria eclesiástica, José Antônio Ureta, a campanha incita o ódio entre as pessoas; ”Em nome da Fraternidade, campanha da CNBB insufla o ódio de classes e raças nas pegadas da Teologia da Libertação“.

O arcebispo militar do Brasil, dom Fernando Guimarães, teve a reação mais dura. Ele enviou documento a CNBB dizendo que o Ordinariado Militar do Brasil, durante a Quaresma deste ano, não utilizará “quaisquer dos materiais produzidos oficialmente para a Campanha da Fraternidade”.

“Nossos capelães militares estão sendo orientados, caso desejem abordar o tema, a utilizar unicamente a [carta encíclica] Fratelli tutti, do papa Francisco”.

O arcebispo avisou que as igrejas sob seu comando no Brasil, ao contrário do que ocorre todos os anos, não enviarão à CNBB o dinheiro das ofertas da missa de Domingo de Ramos.

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