A "quarta passagem" de Robinho chega ao fim neste domingo sem o atacante ter disputado uma partida sequer pelo clube e de forma silenciosa, sem a alegria que sempre marcou a trajetória do jogador no clube. Condenado em segunda instância na Itália por participação em um estupro coletivo, o atacante, de 37 anos, mantém a forma em Santos e ainda não tem o futuro definido.
Robinho foi anunciado como reforço do Santos no dia 10 de outubro. Na época, assinou um contrato com salário simbólico. O Peixe correu para registrá-lo na CBF nos poucos dias em que ficou livre dos transferbans da Fifa e ele apareceu no BID no dia 12 de outubro, com direito a plantão da CBF em pleno feriado para o registro.
No entanto, após a repercussão negativa entre os torcedores e pressão dos patrocinadores (a Orthopride chegou a rescindir o contrato), a diretoria do Santos decidiu suspender o contrato do jogador que, na época, ainda estava em condenado em primeira instância e recorria da decisão do Tribunal de Milão, na Itália.
No dia 10 de dezembro, o Tribunal de Milão manteve a condenação do jogador a nove anos de prisão. A defesa de Robinho afirma que vai recorrer mais uma vez, mas o Santos manteve a suspensão do contrato.
No início do ano, o novo presidente do Peixe, Andrés Rueda, afirmou que tentaria negociar a rescisão do contrato do jogador, mas não houve acordo. O Santos tem dívidas com Robinho das três primeiras passagens pelo clube.
Revelado pelas categorias de base do clube, Robinho foi campeão brasileiro em 2002 e 2004. Voltou ao clube pela primeira vez em 2010 e foi campeão paulista e da Copa do Brasil. Em 2015, na sua terceira passagem, foi campeão paulista. Ele tem 253 jogos e 111 gols com a camisa do Peixe.
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