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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Sem história, WandaVision só existe para gerar teorias na internet

 


Seis episódios depois, o amigo leitor é capaz de dizer qual é o assunto de WandaVision sem recorrer a teorias de fãs na internet? Pense na minha avó, que jamais leu um gibi da Marvel e não tem qualquer interesse em canais do YouTube com o adjetivo "nerd" no nome. 

Tem alguma coisa muito esquisita ocorrendo em uma cidadezinha dos Estados Unidos graças a Wanda Maximoff, tudo bem. Isso foi esclarecido há surpreendentes dois capítulos. Mas quem é mesmo essa moça e por que diabos o marido dela se veste daquele jeito?

A empreitada do MCU no streaming é confusa e desinteressante, tentando prender o público pelo hype. Chega a ser humilhante encontrar pistinhas produzidas especialmente para comover os internautas, como quando citam Kick-Ass em uma cena sem qualquer contexto. Até o uso do ator de outra franquia para viver Pietro é, quando muito, apenas irritante. Uma narrativa que não cabe em si, implorando por leituras complementares que deixam a experiência incompleta.

A série melhorou bastante nos episódios mais recentes, pelo simples fato de ter ganhado alguma coerência objetiva. Mas ainda parece demais com um pacotão de extras de DVD. Encerro levantando dois destaques positivos, se me permitem: Elizabeth Chase Olsen é um talento avassalador. Mesmo sem muita ajuda do roteiro, consegue mostrar nuances da personagem que ficaram perdidas nos filmes.

E Teyonah Parris também consegue fazer de Monica Rambeau uma das grandes promessas para as próximas produções da Marvel. Que estejam a altura do seu trabalho, o que infelizmente não é o caso de WandaVision. Voltamos a qualquer momento com novas informações. ** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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