As eleições para o Congresso tiveram discussões, "traição silenciosa" e vitória governista. Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foram eleitos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente. Ambos eram os candidatos de Jair Bolsonaro (sem partido).
No UOL, o repórter Lucas Borges Teixeira apresenta os principais fatos e desdobramentos do dia na troca de comando nas Casas.
Na Câmara, a disputa foi mais acirrada, com discussões e mudanças de voto. Lira ganhou de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do então presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), por 302 votos a 145. Em seu discurso, ele cutucou Maia com o que chamou de "superpoder" e, em seu primeiro ato como presidente, cancelou a votação da Mesa Diretora ao desconsiderar a formação do bloco de Rossi — algo que já havia causado polêmica na parte da tarde.
No Senado, Pacheco derrotou Simone Tebet (MDB-MS), única concorrente, por 57 votos contra 21. Após uma eleição mais tranquila, ele pregou união da Casa, combate à corrupção e independência do Senado.
O resultado das eleições foram uma dupla vitória para o presidente. Coube ao DEM, na Câmara, e ao MDB, no Senado —- partidos que atuavam com certa independência em relação ao governo - colocarem a pá de cal nos adversários dos candidatos aliados ao Planalto, escrevem Eduardo Militão, Luciana Amaral, Natália Lázaro e Kelli Kadanus.
Lira e Pacheco derrotaram as forças que, se não se opunham abertamente ao governo, ao menos retiravam garantias de tranquilidade a Bolsonaro.
A vitória de Bolsonaro é importante. Primeiro, ele ganha fôlego contra o impeachment, numa aliança que fortalece o Centrão. Em segundo lugar, o presidente ensaia uma parceria com os políticos tradicionais —- de quem sempre foi parceiro nos tempos de Congresso —- para fazer uma campanha eleitoral conjunta em 2022.
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