A imprensa noticiou a morte de seis mulheres neste Natal, assassinadas por namorados ou maridos. Elas viviam em vários estados do Brasil, algumas tinham filhos que estavam presentes no momento do assassinato.
Uma pesquisa do Ministério Público de São Paulo, com dados coletados entre 2017 e 2018, mostra que as motivações para o feminicídio são término de relacionamento (45%), ciúmes (30%) e discussões (17%). Todas as motivações envolvem a negação da vontade da mulher, o não reconhecimento a suas decisões e, no caso de discussões, negam até o direito de essa mulher ter uma opinião sobre qualquer coisa.
Somando traços de personalidade violenta, dificuldades sociais e a nossa cultura machista, temos a produção de um homem que não consegue lidar com os próprios sentimentos, que não respeita a autonomia de uma mulher adulta para fazer escolhas e que não admite ser rejeitado de nenhuma forma.
É urgente que nossa sociedade como um todo, além da punição exemplar e implementação de políticas públicas que ajude a evitar esse horror e barbárie contra as mulheres, repense nossa cultura no que diz respeito às relações entre homens e mulheres e como educar as novas gerações para que o respeito seja o valor a orientar essas relações.
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