Veja também: queda do dólar faz preços da soja, milho e café recuarem no Brasil e Ibovespa ultrapassa os 110 mil pontos
O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para a arroba do boi gordo recuou mais de R$ 12 em apenas um dia e passou de R$ 283,75 para R$ 271,6 por arroba. Na B3, os contratos futuros também tiveram ajustes expressivos na comparação diária. O vencimento para dezembro caiu de R$ 273,55 para R$ 267,45 por arroba. Este contrato não ficava abaixo de R$ 270 desde 9 de outubro.
De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada alcançaram 167,74 mil toneladas em novembro. Dessa forma, marcou um recorde histórico para o mês e o terceiro maior volume mensal de toda a série. Considerando a média por dia útil, foram embarcadas 8,39 mil toneladas por dia no mês passado, o melhor resultado de toda a série nesta base de comparação.
Queda do dólar gera baixa no mercado físico e no futuro do milho
A queda do dólar em relação ao real pressionou os preços do milho no mercado brasileiro tanto no físico quanto no futuro. O indicador do cereal do Cepea chegou ao quarto dia consecutivo de baixas e passou de R$ 78,31 para R$ 77,17 por saca. Na B3, o vencimento para janeiro de 2021 passou de R$ 78,04 para R$ 75,45 por saca.
Em novembro, o Brasil exportou 4,90 milhões de toneladas de milho, desaceleração de 5% em relação a outubro, mas, por outro lado, teve o maior resultado para meses de novembro. Na comparação anual, houve um aumento de 19,1% em toneladas embarcadas.
Cotações da soja no Brasil acompanham Chicago e se desvalorizam
As cotações da soja no mercado brasileiro ficaram pressionadas negativamente pelas quedas do dólar e da oleaginosa na Bolsa de Chicago. O indicador do Cepea para o Porto de Paranaguá passou de R$ 161,77 para R$ 160,67. Os negócios seguem escassos em virtude da pouca disponibilidade do produto, que também pode ser observada nos dados da balança comercial.
O volume exportado em novembro alcançou 1,47 milhão de toneladas, ficando 41% menor que o registrado em outubro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o tombo é ainda maior e chegou a 70,3%.
Preços do café caem de maneira expressiva seguindo Nova York e câmbio
Com a queda de quase 4% na Bolsa de Nova York e de mais de 2% do dólar ante o real, os preços do café ficaram bastante pressionados e caíram de maneira expressiva no Brasil. O indicador do café arábica do Cepea recuou de R$ 606,99 para R$ 590,05 por saca, queda diária de 2,79%. As baixas no exterior foram influenciadas pela expectativa de chuvas em algumas regiões produtoras brasileiras nos próximos dias.
As exportações brasileiras de café em grão em novembro chegaram a 4,60 milhões de sacas de 60 quilos. Com 20 dias úteis computados, a média diária foi de 229,87 mil sacas, com receita chegando a US$ 577,67 milhões (média diária de US$ 28,88 milhões), e preço médio de US$ 125,65 por saca.
No Exterior: expectativa com vacinas gera recordes históricos nas bolsas norte-americanas
A expectativa do mercado com a aprovação de vacinas contra o coronavírus levou as bolsas norte-americanas a registrarem novas máximas históricas no pregão desta terça-feira, 1º. Nesta quarta, o governo do Reino Unido se tornou o primeiro do mundo a aprovar o uso emergencial da vacina desenvolvida em parceria entre as empresas Pfizer e BioNTech.
A vacina foi aprovada pela Autoridade Regulatória para Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) para uso emergencial. O Reino Unido espera iniciar as aplicações das doses na população já na semana que vem.
No Brasil: forte fluxo faz dólar cair ao menor nível em 4 meses
O forte fluxo de capital estrangeiro na bolsa brasileira, que até o dia 27 de novembro somou mais de R$ 32 bilhões, um recorde histórico, fez com que o dólar recuasse ao menor nível de fechamento em quatro meses. A moeda americana ficou cotada a R$ 5,2278, queda diária de 2,2%, patamar que não alcançava desde o fim de julho.
Esse expressivo fluxo também fez com que o Ibovespa voltasse a superar os 110 mil pontos, chegando muito próximo já dos 112 mil pontos. O destaque da agenda econômica é a divulgação da produção industrial em outubro, que inicia os dados de atividade econômica do quarto trimestre e deve mostrar que a recuperação segue em ritmo satisfatório.
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