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domingo, 10 de maio de 2020

Vacina contra o coronavírus entra em segunda fase de testes


600 voluntários receberão doses da vacina para testar sua segurança e eficácia. Empresa que desenvolveu a vacina espera iniciar uma terceira fase de testes com "milhares" de voluntários em julho

A empresa norte-americana Moderna anunciou que sua vacina contra o vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19, completou a primeira fase de testes e recebeu autorização da FDA (a agência de vigilância sanitária dos EUA) para o início da segunda fase.

Na primeira fase dos testes, da qual participaram 45 adultos saudáveis do estado de Washington, nos EUA, os pesquisadores buscaram entender a segurança e dosagem da vacina. Na segunda fase sua eficácia e efeitos colaterais serão avaliados em um grupo de 600 pessoas.


O objetivo da empresa é iniciar uma terceira fase dos testes, onde “milhares” de pessoas recebem a vacina para que o laboratório possa entender se ela está funcionando e monitorar efeitos adversos em maior escala, já no final de junho ou início de julho. Após a fase 3 a FDA decide se aprova ou não a vacina, o que é feito apenas se ela for classificada como “segura e eficaz” e se seus “benefícios superarem os riscos”.

A Moderna já está iniciando planos para a produção da vacina e anunciou uma parceria com a empresa farmacêutica suíça Lonza para produzir até 1 bilhão de doses da vacina anualmente, para distribuição global. As primeiras doses, para a fase 3 de testes, devem ser produzidas em julho em uma fábrica da Lonza nos EUA.

A vacina em desenvolvimento pela Moderna se chama mRNA-1273 e usa uma nova abordagem para a imunização. Numa vacina tradicional o vírus vivo (atenuado) ou fragmentos dele são introduzidos no organismo do paciente, que reconhece o “invasor” e prepara anticorpos. Assim, se uma pessoa realmente for infectada seu organismo terá defesas contra o vírus.

Mas a vacina da Moderna não contém componentes do vírus. Em vez disso, contém RNA Mensageiro (mRNA) que carrega instruções para que as células de nosso corpo produzam esse componente, mais especificamente a “estaca” de proteína que o vírus usa para invadir células saudáveis. A ideia é que o sistema imunológico do paciente aprenda a reconhecer as estacas como um invasor, e produza anticorpos contra elas e o vírus que as carrega.

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