A Oxitec, empresa que desenvolve soluções sustentáveis, criou o Aedes do Bem, linhagem de mosquitos Aedes Aegypti machos que são geneticamente modificados para combate do mosquito transmissor da dengue, Chikungunya e Zika.
O projeto, que começou em 2002, consistiu em aplicar uma injeção que continha DNA sintético com genes que faziam com que esses mosquitos não atingissem a fase adulta e que continha uma proteína que fazia o mosquito brilhar sob uma luz específica do microscópio. Com isso, esses mosquitos foram observados.
Estes mosquitos com os genes adicionais foram então selecionados na fase de larva com base no brilho apresentado sob o microscópio e cruzados entre eles para obter a linhagem do Aedes do Bem, que começou a ser reproduzido em laboratório e desde então todos seus descendentes carregam os genes adicionais.
A Oxitec, em acordo com a prefeitura de Indaiatuba, realizou um teste na cidade em uma área com aproximadamente 1.000 moradores.
De acordo com o resultado divulgado pela empresa nesta segunda, 19 de maio, o teste realizado na cidade teve sucesso ao eliminar 95% da população de mosquitos Aedes Aegypti no local. Esse percentual foi calculado com base em áreas de controle não tratadas na cidade. Além disso, a empresa informou que o teste teve uma eficácia de 100% ao eliminar larvas fêmeas.
O teste consistiu na aplicação de mini cápsulas que continham ovos do Aedes do Bem em algumas casas uma vez por semana. Essa aplicação não exige nenhum manuseio especial ou ferramentas próprias.
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