Há três semanas, durante um jogo pelo Campeonato Ucraniano, Taison comemorou um gol com o punho direito erguido e cerrado. O atacante fazia uma clara referência ao movimento Black Power, sobretudo ao gesto de Tommie Smith e John Carlos no pódio dos 200 metros rasos nos Jogos Olímpicos de 1968. O ato é uma manifestação de luta pela igualdade racial e de busca pelos direitos. Ao postar a cena em seu Instagram, o jogador ainda fez uma referência a Martin Luther King Jr, com a frase: “I have a dream!”.
Taison é um jogador que, na vida simples que procura ter em seus retornos ao Brasil, demonstra um enorme engajamento social. Ele valoriza sua gente e, já por isso, realiza atos revolucionários. A cada Natal em Pelotas, a família do atacante organiza festas em sua antiga casa, para dar presentes e cestas básicas às crianças da vizinhança carente. Também costumam servir um sopão durante o inverno, para aquecer os mais necessitados. Em 2015, o atacante chegou a visitar moradores de rua para oferecer cobertores. E não eram desconhecidos, mas sim velhos amigos, que cuidavam do guri muito antes do estrelato no futebol, nos tempos em que ele trabalhava como flanelinha. A história de vida de Taison é sua consciência.
E neste domingo, depois de ser vítima de um repugnante ato racista, Taison reafirmou quem é. Demonstrou sua força. Em resposta às injúrias que ouviu, o atacante do Shakhtar Donetsk postou uma mensagem em suas redes sociais. Não apenas reexibiu a imagem em que mostra o dedo do meio aos racistas, sem qualquer arrependimento por seu ato, mas também escreveu um texto contundente. As palavras, iniciadas com uma citação aos Racionais, ecoam e colocam o atacante como um símbolo da luta no futebol. Merece ser valorizado por sua coragem e por sua consciência, mas principalmente merece ser apoiado na batalha contra o racismo.
“Jamais irei me calar diante de um ato tão desumano e desprezível! Minhas lágrimas foram de indignação, de repúdio e de impotência, impotência por não poder fazer nada naquele momento! Mas somos ensinados desde muito cedo a sermos fortes e a lutar! Lutar pelos nossos direitos e por igualdade! O meu papel é lutar, bater no peito, erguer a cabeça e seguir lutando sempre! Em uma sociedade racista, não basta não ser racista, precisamos ser antirracista! O futebol precisa de mais respeito, o mundo precisa de mais respeito! Obrigado a todos pelas mensagens de apoio! Seguimos a luta”
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