Novo medicamento aprovado destina-se a câncer de mama avançado, com metástase. O que foi proibido era usado por pacientes em fase inicial da doença
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo remédio contra o câncer de mama avançado. O pertuzumabe é indicado para pacientes que apresentam tumor de um tipo agressivo e que esteja em metástase (espalhado pelo corpo). Também ontem, a agência suspendeu a importação, distribuição, comercialização e o uso em todo o país do Anastrol 1 mg, usado para pacientes com tumor de mama em fase inicial.
O câncer HER2 positivo, que responde ao pertuzumabe, corresponde a índice de 15% a 20% de todos os casos de tumores de mama. Segundo a Anvisa, pesquisa feita com 808 pacientes evidenciou que a substância reduz em 34% o risco de vida e diminui a progressão da doença, desde que combinada com “tratamento padrão”.
O pertuzumabe já foi aprovado na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, vai ser comercializado com o nome Perjeta e fabricado pela Roche. O preço do produto ainda não está definido.
Em relação à proibição do Anastrol, a Anvisa informou que a decisão de vetar todos os lotes foi tomada depois que foi verificado o “descumprimento de normas regulamentares” no processo de fabricação do produto pelo Laboratório Libra do Brasil, que fica em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Segundo a Anvisa, “a empresa não conseguiu comprovar que os lotes são produzidos da mesma forma e, portanto, com o mesmo nível de qualidade”. Ainda de acordo com a agência, o remédio não era distribuído pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Como substitutos, a critério médico, podem ser receitados Anastrolibbs (Libbs Farmacêutica), Anastrozol (Eurofarma) ou Arimidex (Astrazeneca do Brasil).
Tia de Angelina Jolie morre após batalha contra o câncer de mama
Uma tia de Angelina Jolie morreu de câncer de mama no domingo, duas semanas depois de a atriz americana ter revelado que passou por cirurgia para retirada dos dois seios para evitar a doença. Debbie Martin faleceu aos 61 anos, no Hospital Palomar Medical Center, em San Diego, na Califórnia. Ela era a irmã mais nova da mãe de Angelina, Marcheline, outra vítima da mesma doença.
Segundo o viúvo, Ronald Martin, Debbie tinha o mesmo gene defeituoso (BRCA1) que Angelina e Marcheline Bertrand, que morreu em 2007, aos 56 anos. Debbie tinha sido hospitalizada na quarta-feira.
Angelina, 37 anos, revelou em artigo no ‘New York Times’, dia 14, que se submeteu a mastectomia dupla, já que exames genéticos mostraram que ela tinha 87% de chances de desenvolver tumores malignos nos seios.
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