A enfermeira Mônica Calazans, primeira brasileira a ser vacinada com a CoronaVac em São Paulo neste domingo, 17, participou em uma coletiva de imprensa no Hospital das Clínicas. Durante a entrevista, ela pediu para que os brasileiros confiem na ciência e se vacinem.
“Em primeiro lugar, quero agradecer a Deus por ter a oportunidade de ser a primeira vacinada. Em segundo lugar, ter orgulho do meu trabalho como enfermeira do Emílio Ribas na UTI, que hoje está lotada de pacientes com Covid”, disse Mônica.
A enfermeira também criticou quem a chamou de cobaia, pois ela havia participado do estudo do Butantan, mas tomou o placebo. “Eu quase perdi um irmão por Covid. Diante disso, eu participei da campanha da vacina. No início, eu fui muito criticada. Recebia piadinha, memes, mas não dei sequer importância. Foi falado eu era cobaia de uma pesquisa de vacina. E eu aprendi, com uma pessoa, no dia da vacinação, que eu não sou cobaia e, sim, participante de pesquisa”, afirmou.
“Estou muito orgulhosa de tudo isso. Meu nome está aí no mundo inteiro. Monica Calazans, 54 anos, negra e participante de pesquisa. No dia da vacinação [em que tomou o placebo], eu fui a última a ser vacinada. Agora fui a primeira ser vacinada. Tenho muito orgulho disso e falo, como brasileira: vamos nos vacinar. Não tenham medo. É isso que nós estávamos esperando”, finalizou.
Primeira pessoa a receber a vacina do Instituto Butantan, Mônica Calanzas é enfermeira, negra, tem 54 anos, e mora em Itaquera, zona leste de São Paulo. A profissional do Instituto Emílio Ribas foi selecionada pelo Governo do Estado para receber a vacina por estar no grupo de risco da doença.
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