Em 2009, Oscar Salazar, juntamente com outros dois sócios, Travis
Kalanick e Garrett Camp, co-fundou a Uber, empresa que em menos de seis
anos se tornou uma das maiores companhias do mundo. Salazar aposta agora
que o mercado brasileiro de cargas rodoviárias passará pela mesma
transformação que o transporte individual de passageiros, motivo pelo
qual acaba de se tornar investidor e diretor da
CargoX(http://www.cargox.com.br), primeira transportadora do país
impulsada por tecnologia. A previsão é que nos primeiros dois anos de
operação, o investimento chegue a R$ 100 milhões.
Além do empresário, Eddie Leshin, outro respeitado executivo do
mercado de transportes, que atuou como diretor da C.H. Robinson e foi
COO da Coyote Logistics - ambas somam um faturamento de mais de R$ 56
bilhões por ano–, também será investidor e ocupará o cargo de diretor
estratégico de Operações na CargoX. Outro nome de peso é o americano
Hans Hickler, ex-CEO da DHL Express nos Estados Unidos. Completam o time
de investidores o Valor Capital Group (fundado por Clifford Sobel,
ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil), Agility Logistics (uma das
maiores empresas de logística com mais de 500 escritórios em 100 países)
e Lumia Capital (fundada por Martin Gedalin, ex-Oracle e Chris Rogers,
co-fundador da Nextel Communications).
Conectada em tempo real por um aplicativo com mais de 100 mil
caminhoneiros autônomos, a empresa vem sendo estruturada desde meados de
2015 e é pautada em algumas das principais diretrizes do Uber:
agilidade, flexibilidade e qualidade na experiência do contratante do
serviço; além de uma base de motoristas cadastrados com processo de
triagem rigoroso e responsabilidade pelas cargas transportadas.
“Utilizamos a ociosidade da frota autônoma do país com o cruzamento das
rotas de nossos clientes para otimizar os envios. Com essa tecnologia
por trás da CargoX permitimos que os embarcadores tenham uma economia
inicial de até 30% no valor do frete”, esclarece Alan Rubio,diretor de
Transportes da CargoX, especialista com mais de 25 anos de experiência
no setor de transportes.
Para Oscar Salazar, o momento econômico que o Brasil atravessa também
foi uma oportunidade para a criação da companhia. Segundo o executivo, o
mercado brasileiro de frete opera com 40% de ociosidade em sua
capacidade. “As transportadoras brasileiras estão sob a pressão da crise
econômica e, justamente por isso, vamos oferecer um serviço de melhor
qualidade com menor custo. Para nósé o momento de apostar no país e
crescer de forma exponencial, impactando positivamente no valor
operacional da cadeia logística”, afirma.
“Pretendemos revolucionar o mercado de transporte de cargas no país,
com o fortalecimento da cadeia logística. Nós acreditamos em um
crescimento rápido, com faturamento que pode ultrapassar os R$ 48
milhões no primeiro ano de atuação”, prevê Salazar.
Mercado brasileiro de cargas rodoviárias
O transporte rodoviário de cargas brasileiro (TRC) é responsável por mais de 65% do volume de mercadorias movimentadas no Brasil e seu custo representa cerca de 6% do PIB do país. Para as empresas, o transporte de carga pelas estradas nacionais corresponde por mais da metade da sua receita líquida, como no caso da agroindústria (62%) e das indústrias de alimentos (65,5%). Segundo dados não oficiais, o Brasil tem uma frota excedente de aproximadamente 350 mil veículos (35%), o que gera mais de 30% de viagens com o caminhão vazio.
O transporte rodoviário de cargas brasileiro (TRC) é responsável por mais de 65% do volume de mercadorias movimentadas no Brasil e seu custo representa cerca de 6% do PIB do país. Para as empresas, o transporte de carga pelas estradas nacionais corresponde por mais da metade da sua receita líquida, como no caso da agroindústria (62%) e das indústrias de alimentos (65,5%). Segundo dados não oficiais, o Brasil tem uma frota excedente de aproximadamente 350 mil veículos (35%), o que gera mais de 30% de viagens com o caminhão vazio.
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