Resultado foi 29,7% menor do que o registrado em 2014. Banco de fomento atribui queda à "forte depreciação do mercado de capitais" e à participação na Petrobras
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
registrou lucro líquido de 6,19 bilhões de reais em 2015. O resultado é
29,7% menor do que o alcançado em 2014, quando lucrou 8,59 bilhões de
reais. Segundo o banco, o resultado negativo de 5,4 bilhões de reais do
Sistema BNDES com participações societárias foi "determinante" para a
queda do lucro líquido no ano de 2015, "em função da forte depreciação
do mercado de capitais".
No ano passado, a BNDESPar, empresa de participações do banco, teve
prejuízo de 7,64 bilhões de reais. Em contrapartida, o resultado de
intermediação financeira alcançou 18,69 bilhões de reais - 39,6%
superior ao registrado em 2014, ajudando a compensar o prejuízo da
BNDESPar.
Relatório da BNDESPar entregue à Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) mostra que a receita com dividendos e juros sobre capital próprio
reduziu em 2,1 bilhões de reais na passagem de 2014 para 2015, mas o
principal fator para explicar o prejuízo foi a baixa contábil
(impairment) de 12,6 bilhões de reais por causa da participação na
Petrobras.
"Em 31/12/15, motivado pela constatação de evidências objetivas de
perda em sua participação na Petrobras, a BNDESPAR realizou teste de
impairment no investimento e concluiu pela redução do seu valor esperado
de recuperação a um patamar inferior ao respectivo custo de aquisição",
diz o relatório da BNDESPar.
Segundo os informes do banco de fomento, não fosse pelo impairment
por causa da Petrobras, a BNDESPar teria registrado lucro de 692 milhões
de reais e o BNDES teria tido lucro de 10,68 bilhões de reais.
Uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) permite que o
BNDES não transfira para seu balanço as baixas contábeis com
participações na Petrobras, entre outras empresas.
O banco de fomento informou ainda que seu índice de Basileia encerrou
2015 em 14,7%, "situação confortável diante dos 11,0% exigidos pelo
Banco Central".
(Com Estadão Conteúdo)
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