Doença tem cura, mas exige detecção precoce; veja os sintomas dos tipos mais perigosos e como você pode se cuidar
Há duas décadas, o mundo dedica o Dia Mundial do Combate ao Câncer, 4 de fevereiro, para discutir a causa e políticas de prevenção sobre o tema. Embora seja uma doença com sintomas e agravantes em comum, o câncer possui muitos tipos e afeta diferentes órgãos, exigindo uma atenção diferente para cada um.
Câncer de pulmão, cólon e reto, mama e estômago são alguns dos tipos mais letais da doença, de acordo com a lista publicada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) em 2018. Entendam o que os torna tão perigosos e quais as melhores formas de prevenção.
Câncer de pulmão
O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte no mundo, mesmo quando o ranking extrapola causas médicas. De acordo com o médico oncologista Antônio Carlos Buzaid, um dos motivos é o fato de que, frequentemente, a doença é descoberta em estágio avançado. “É um câncer com grande chance de cura quando tratado precocemente, mas, como não apresenta sintomas , dificilmente isso acontece”, explica.
O profissional reforça que, para a prevenção e detecção precoce, e recomendação é de exames anuais de tomografia computadorizada em pacientes fumantes a partir dos 40 anos. De acordo com dados publicados pelo Inca, Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.
Apenas algumas pessoas com câncer de pulmão em estágio inicial apresentam sintomas. Os mais comuns são:
- Tosse persistente
- Escarro com sangue
- Dor no peito
- Rouquidão
- Piora da falta de ar
- Perda de peso e de apetite
- Pneumonia recorrente ou bronquite
- Sentir-se cansado ou fraco
- Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns.
Câncer de intestino
Assim como no caso do câncer de pulmão, o perigo deste está no fato de tratar-se de uma doença silenciosa, cujo diagnóstico depende principalmente dos exames preventivos. “Um agravante para a detecção do câncer de cólon e reto é cultural. Os brasileiros não gostam de fazer o exame e esperam algum problema acontecer”, acrescenta Antônio Carlos.
Apesar da dificuldade aparente no diagnóstico, o segundo câncer mais letal no país possui um alto índice de cura quando identificado precocemente. Entre os fatores de risco estão: idade igual ou acima de 50 anos; excesso de peso; alimentação não saudável; consumo de carnes processadas e ingestão excessiva de carne vermelha.
Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são:
- sangue nas fezes;
- alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
- dor ou desconforto abdominal;
- fraqueza e anemia;
- perda de peso sem causa aparente;
- alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)
- massa (tumoração) abdominal
Câncer de mama
Tipo de câncer mais comum entre mulheres, o câncer de mama é altamente curável quando detectado precocemente – com mais de 95%de chances de cura. A observação, porém, precisa ser constante em mulheres com mais de 50 anos através da mamografia.
Entre os entraves culturais para o exame, estão os mitos de que à mamografia faria mal à saúde da mama ou até mesmo que o autoexame – outra importante forma de observação – substituiria do estudo clínico.
Entre os fatores de risco estão causas ambientes e comportamentais, como tabagismo, hormonais, como a primeira menstruação antes dos 12 anos, e hereditários, como casos anteriores de câncer de mama na família.
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
- Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
- Alterações no bico do peito (mamilo)
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
- Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos
Câncer de estômago
Também conhecido com câncer gástrico, o câncer de estômago também possui o agravante da difícil detecção. “Esse câncer está relacionado ao tipo de alimentação e outras doenças como úlceras e gastrite causadas pela bactéria H. Pylori”, explica o profissional de saúde.
O adenocarcinoma de estômago – tipo mais comum do tumor – atinge, em sua maioria, homens por volta dos 60-70 anos. De acordo com Inca, cerca de 65% dos pacientes têm mais de 50 anos. O câncer de estômago também é o terceiro tipo mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres no Brasil.
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