O
sindicalismo do BRICS, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul, precisa assumir compromisso formal com o trabalho
decente. Mas, para isso, terá de quebrar resistências, principalmente
dos indianos, em cujo país a formalização mal chega a 5% da mão de obra.
A
observação é de Sergio Luiz Leite (Serginho), dirigente químico e da
Força Sindical, que representou o sindicalismo nacional, no final de
janeiro, em Ufa, na Rússia. “Era um encontro de ministros do Trabalho e
nós fizemos o nosso evento também. O objetivo foi levar a pauta sindical
pra dentro das reuniões formais do bloco”, afirma. Serginho fez o
discurso em que abordou a conjuntura econômica e expôs propostas (leia
no site da Agência Sindical - www.agenciasindical.com.br ).
Segundo
o sindicalista, a pauta dos ministros girou em torno da necessidade de
se normatizar relações no campo do trabalho e também organizar dados do
setor e da conjuntura. O Brasil foi representado por Miguel Rossetto,
titular do Trabalho e da Previdência. A CUT participou, por meio do seu
secretário de Relações Internacionais Antonio Lisboa. Entidades como
Banco Mundial e OIT (Organização Internacional do Trabalho) também
falaram no encontro.
Os
países do bloco – com 42% da população mundial – formaram um banco
único, em nome dos interesses multilaterais. Mas no campo do trabalho
ainda guardam divergências. Sergio Luiz Leite informa que China e África
do Sul, por exemplo, não concordaram em incluir no documento final o
protocolo por trabalho decente. Mas, ele adianta, o tema voltará a
debate na reunião dos chefes de Estado dos BRICS ainda este ano na
Índia.
Mais informações: fequimfar.com.br
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