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sábado, 8 de agosto de 2020

FORA DA NOTA DE R$ 200, VIRA-LATA CARAMELO DEVE 'VIRAR MOEDA'

Quando propôs a imagem do vira-lata caramelo para ilustrar a nova nota de R$ 200, o deputado federal Fred Costa (Patriota-MG) sabia que a sugestão não seria aprovada; a ideia era chamar a atenção para os 30 milhões de animais abandonados no país. Deu certo: depois de uma reunião com o presidente e a diretoria do Banco Central, a diretora de administração, Carolina de Assis Barros, disse que a instituição estuda ações para ajudar a combater o problema.

"Não há como mudar o padrão monetário, mas o Banco Central entende que essa causa é importante. Estamos estudando alguma ação com o vira-lata caramelo”, declarou a executiva ao Portal UOL. Uma ideia seria a emissão de uma moeda comemorativa com a imagem do animal gravada no verso.

Cédulas novas demandam até três anos para serem criadas. A impossibilidade de se trocar agora a estampa não fez a menor diferença para as mais de 60 mil pessoas que assinaram a petição pelo vira-lata caramelo na nova nota.

O que pouca gente sabe é o nome do cachorro caramelo que estampa a cédula no abaixo-assinado: ela é a Pipi, uma cadelinha vira-lata adotada aos seis meses pela gestora de recursos humanos de Porto Alegre Vanessa Brunetta, em 2013.

O meme não tem graça para ela: a foto é a que ilustrava o pedido de ajuda para encontrar a cadelinha, que fugiu enquanto passeava. “Durante um ano foi feita uma campanha para tentar localizar a Pipi. Essa foto estava nos cartazes que mandamos fazer para tentar encontrá-la. Só que, há cerca de dois anos, alguém pegou a imagem que usamos e criou um meme", disse ela ao jornal Zero Hora.

Segundo Vanessa, "entre 2015 e 2016, encontramos 17 cadelas exatamente iguais a ela. Mas, no fim, nunca era a Pipi. Nós conhecemos as características dela, ela dormia na cama dos meus filhos.” 

Até hoje, Pipi segue desaparecida.

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