A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo informou na tarde desta
segunda-feira (8) que 13 pessoas morreram de febre amarela no estado
desde janeiro de 2017 até hoje. De acordo com a pasta, foram 29 casos
confirmados de pessoas com a doença.
"Os locais de infecção foram em Mairiporã e Nazaré Paulista", informou a
diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Regiane de Paula.
O governo decidiu ampliar a vacinação contra febre amarela para todo o estado no início do mês de fevereiro, segundo o coordenador de controle de doenças do estado, Marcos Boulos.
A dose da vacina será dividida para ampliar a imunização.
A ideia é aplicar a dose concentrada nas áreas de risco (bairros
próximos aos parques onde foram localizados macacos mortos com o vírus
da febre amarela) e a fracionada nas demais regiões do estado.
A vacinação irá começar nos lugares onde o vírus está circulando, mas o
objetivo é que, em um ano, atinja todo o estado. Para isso, será feita
em etapas.
"É a primeira vez que isso vai ser usado nessa quantidade. Existe
primeiro uma validação técnica que está sendo realizada, treinamento dos
recursos humanos, aquisição de materiais, o que já conseguimos, como
seringas específicas. Isso está em realização e estaremos prontos no
começo de fevereiro", disse Boulos.
Além dos lugares onde o vírus já circula, outra etapa será vacinar os
lugares onde o estado prevê que o vírus chegue, como o litoral de São
Paulo. Isso porque o Rio de Janeiro teve casos confirmados de febre
amarela, e o vírus circulava na Serra do Mar.
Veja quem pode tomar a vacina:
- Crianças a partir dos nove meses até idosos com 60 anos.
Não podem tomar a vacina:
- Grávidas e mulheres que estão amamentando crianças menores de seis meses.
- Doentes com câncer que fazem quimioterapia ou radioterapia.
- Pessoas com alergia a ovos ou derivados.
- Portadores de HIV ou qualquer doença que atinja o sistema imunológico.
- Transplantados.
No caso dos idosos com mais de 60 anos, é preciso avaliação médica.
Quem já tomou a dose da vacina contra a febre amarela tem imunidade para
a vida toda.
Assim como as pessoas, os primatas são vítimas dos mosquitos Haemagogus
e Sabethes, encontrados na zona de mata e que costumam circular em
copas de árvores, local de repouso preferido dos primatas. Quando eles
são infectados e chegam a morrer, isso indica que existe a circulação do
vírus no local, mas eles não podem transmitir a doença para humanos.
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