Sem a ação dos Órgãos Governamentais, novamente as indústrias do setor siderúrgico são penalizadas.
O processo de realocação de 314 famílias moradoras do Pequiá de Baixo, em Açailândia, no sul do Maranhão, coordenado pelo Ministério Público do Estado, que deveria ter sido concluído desde o ano passado continua se arrastando e estendendo a queda de braço entre moradores e as empresas siderúrgicas que ainda resistem à crise econômica no Distrito Industrial do município.
Na
semana passada, após nova denúncia de moradores da comunidade do Pequiá
de Baixo, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SEMA, acionou as
siderúrgicas Viena e Gusa Nordeste a fim de responsabiliza-las pela
suposta poluição, advinda das atividades de armazenamento, transporte de
minério de ferro, carvão, e, especialmente, da produção de ferro gusa,
cimento e energia termoelétrica, bem como o acondicionamento dos
resíduos tóxicos e incandescentes. A nova denúncia dos moradores à SEMA,
relata que os supostos danos socioambientais atingem uma população de
cerca de 1,1 mil pessoas que residem no distrito industrial do Pequiá de
Baixo e, também, as margens da BR-222, na faixa de segurança do DNIT.
O
SIFEMA – Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do Maranhão
afirma que há mais de 25 anos as empresas siderúrgicas atuam na
localidade investindo na instalação de filtros, reaproveitamento de
resíduos, autossuficiência energética, entre outras medidas
autossustentáveis com impacto ambiental positivo.
“O
setor siderúrgico maranhense enfrenta a mais grave crise de sua
história e com o fechamento de 5 indústrias siderúrgicas no estado. Mas,
mesmo assim, as duas empresas que ainda resistem nunca cessaram os
investimentos em medidas de mitigação de impacto ambiental. Isso vem
sendo comprovado aos órgãos fiscalizadores e de justiça regularmente.
Além do esforço ambiental, as empresas permaneceram com seus
investimentos sociais, especialmente, no que se refere a compromissos
assumidos por meio de termo de ajustamento e acordo firmados junto ao
Ministério Público para a realocação das mais de 314 famílias que,
durante anos ocuparam irregularmente a área do distrito industrial do
Pequiá de Baixo e a faixa de segurança do DNIT, ao lado da BR-222. Em
mais de dez anos de negociações e acordos, o SIFEMA, que representa as
empresas, que já investiram mais de R$ 2,235 milhões na compra de nova
área para realocação das famílias, elaboração de projeto urbanístico das
casas, entre outras despesas. Entretanto, é válido ressaltar que outros
parceiros envolvidos no processo precisam cumprir a sua parte e
responsabilidades. A exemplo da Caixa Econômica Federal”, declara o
presidente do Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do
Maranhão, Cláudio Azevedo.
Claudio Azevedo |
Com
a última quantia doada, o sindicato do setor já havia manifestado que
estaria, a partir daquele momento, eximindo-se de qualquer contribuição
financeira futura referente ao Projeto de Reassentamento, considerando
todo o aporte já realizado, tomando por base o acordo registrado no
Termo de Compromisso assinado pelos representantes das empresas,
moradores e Ministério Público. “Apesar disso, as empresas continuam
sendo denunciadas e cobradas injustamente”, enfatiza Cláudio Azevedo.
“As
empresas fizeram até o momento o papel do poder público. Se o processo
está em fase bem avançada junto à Caixa Econômica Federal, deve-se
exclusivamente às empresas siderúrgicas, que nunca mediram esforços para
a realocação urgente das 314 famílias”, afirma o presidente do SIFEMA.
Fonte: SIFEMA - Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do Maranhão
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