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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Magazine Luiza (MGLU3): É o fim da linha para a varejista?

Magazine Luiza (MGLU3) entregou resultados superiores às expectativas do mercado no primeiro trimestre de 2022, impulsionados pelo principalmente pelo marketplace, avaliam os analistas.

No entanto, a performance das lojas físicas ainda segue pressionada.

A varejista reportou um prejuízo líquido de R$ 161 milhões entre janeiro e março deste ano, revertendo o lucro líquido de R$ 258 milhões do mesmo período do ano passado.

O Magalu vem sofrendo com a piora da economia, provocada pela elevação dos juros. “Não é novidade que o varejo tem passado por um momento complicado”, afirmam Iago Souza e Laura Zioli, analistas da Genial.

Desde o seu pico, a ação da empresa já derreteu mais de 80%. Após a divulgação do balanço, no pregão desta terça-feira (17), a ação despencava mais 9,44%, cotada a R$ 4,03.

Para os próximos trimestres, os analistas esperam um cenário ainda desafiador em relação às vendas da Magazine Luiza, mas um maior controle de despesas.

Apesar do trimestre pressionado, os analistas da Genial mantiveram a recomendação de compra para as ações da varejista. No entanto, o preço-alvo de 2022 foi reduzido para R$ 6 — ante R$ 8.

Já a Ativa Investimentos manteve uma indicação neutra para a companhia, com preço-alvo de R$ 9,70.

Magazine Luiza no 1T22

Na análise de Souza e Zioli, a companhia surpreendeu positivamente na evolução da margem operacional do trimestre. Por outro lado, apesar da receita líquida de R$ 8,7 bilhões, uma maior despesa financeira fez com que o lucro da companhia ficasse 23% abaixo do estimado.

Do lado de vendas, no total, incluindo o marketplace, a Magazine Luiza atingi os R$ 14 bilhões, elevação de 13,2%.

O ponto forte da companhia foram as vendas no e-commerce, que avançaram 16,2% e atingiram R$ 10,2 bilhões.

Segundo os analistas da Ativa, o marketplace da companhia cresceu mais que o Mercado Livre e o 3P da Americanas no trimestre.

Apontada como um problema, as vendas do canal de lojas física atingiram R$ 3,9 bilhões e foram 6% superiores às registradas no mesmo trimestre do ano passado. As vendas físicas tiveram retração de SSS (vendas em mesmas lojas), refletindo o momento desfavorável para os produtos core.

Os analistas destacam a margem Ebitda da companhia que foi de 5%, acima das projeções. “A estabilidade foi resultado das iniciativas de otimização de marketing e logística, além da redução de despesas fixas”, afirmam os especilistas da Ativa.

A margem líquida do Magazine Luiza, no entanto, ficou abaixo das expectativas com o aumento das despesas financeiras.

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