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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Papel e plástico: bonança após a tempestade O Setor deixa a crise para trás e mostra grande força no país

Mudanças e muitas expectativas no cenário político, 2018 termina com a sensação de que os momentos complicados enfrentados durante a crise econômica estão sendo superados. Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a receita bruta do setor de papel e celulose no país cresceu de R$ 71,1 bilhões para R$ 73,8 bilhões do último ano para este, gerando 3,7 milhões de empregos diretos e indiretos.


Contando com investimentos de R$ 24 bilhões que serão utilizados entre 2017 e 2020, o período foi pontuado por operações florestais e novas unidades industriais. Em uma comparação a 2016, a área de celulose registrou alta de 2,7 milhões de toneladas adicionais, além de 870 mil toneladas adicionais de papel e 2,3 milhões de metros cúbicos adicionais de painéis de madeira. No acumulado do ano até setembro, as exportações de papel alcançaram US$ 1,47 bilhão,
e as de celulose, US$ 6,31 bilhões

Para Armando Antônio de Amorim, presidente do Sindicato da Indústria de Papel e Celulose do Estado do Espírito Santo (Sindipapel), 2018 foi positivo para o setor, motivado por preços em alta tanto no mercado doméstico quanto internacional, forte demanda, custo de produção em queda e câmbio impulsionando a receita das exportações. “Com essa combinação de fatores, as principais empresas do segmento, entre as quais a Fibria, que tem operações no Espírito Santo, registraram desempenho recorde no terceiro trimestre do ano. O setor tem peso representativo na economia capixaba: as exportações de celulose respondem por mais da metade da pauta das vendas para o exterior do agronegócio no Espírito Santo, além de ser grande gerador de empregos, de tributos e de negócios dos fornecedores locais, fortalecendo a cadeia produtiva”, frisou.
Ainda em 2018, o Portocel, terminal marítimo especializado na movimentação de produtos florestais que é controlado pela empresa, completou 40 anos e captou R$ 31 milhões em investimentos em infraestrutura.
O transporte ferroviário de madeira também recebeu melhorias, com aportes da ordem de R$ 10 milhões em reforma de vagões e no reposicionamento da pera ferroviária – área de manobra para os trens que trazem madeira –, o que também otimizou processos e elevou a produtividade e a representatividade desse modal na Fibria.
INDÚSTRIA QUÍMICAApenas no terceiro trimestre do ano, a fabricação de celulose da companhia chegou a 1,8 milhão de toneladas, 13% superior na comparação com os três meses anteriores. As vendas do produto entre outubro de 2017 e setembro deste ano ficaram em 7,2 milhão de toneladas, enquanto a receita líquida bateu o recorde de R$ 5,8 bilhões, contra os R$ 4,7 bilhões do segundo trimestre de 2018 e os R$ 2,8 bilhões do terceiro trimestre de 2017. Em 12 meses, a receita líquida foi de R$ 18,3 bilhões. Números que mostram que, após um período de incertezas, o setor se fortaleceu e hoje navega em águas mais calmas.
Chamada de “a indústria das indústrias” por atender a diversas áreas da economia no país, o setor químico brasileiro registrou um aumento do volume de produção de 9,08% no segundo quadrimestre, em relação aos quatro primeiros meses deste ano. No mesmo período as vendas internas cresceram 2,11% e o Consumo Aparente Nacional (CAN), que aponta a produção somada à importação menos a exportação, avançou 8%. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Já na comparação com o segundo quadrimestre do ano passado, o segmento teve elevação de 1,42% na produção, de 0,75% nas vendas internas e de 1,3% no CAN. Por outro lado, o índice de produção apresentou declínio de 2,62% de janeiro a agosto deste ano, em relação a 2017, e de 0,44%, de setembro do ano passado a agosto de 2018.
No Espírito Santo, 2018 ainda foi de sinal amarelo para as empresas. Foi essa a análise de José Carlos Zanotelli, presidente do Sindiquímicos. “Todos os setores da área química – fármacos, sucroalcooleiro, cosméticos, fertilizantes, tintas e vernizes, e saneantes – sofreram com a retração econômica. Mesmo assim, em segmentos como o de tintas (que implantou o Programa de Qualidade das Tintas Capixabas), conseguimos a adesão de 95% das empresas para a certificação dos produtos, segundo regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Portaria 529 do Inmetro. Já o setor de cosméticos se destacou pelos projetos de capacitação empresarial e adequação das industrias à legislação municipal, estadual e federal”, assinalou.
Contando hoje com cerca de 100 empresas, que geram aproximadamente 3 mil empregos, as indústrias químicas do Espírito Santo têm diversos desafios pela frente. “Podemos listar alguns: combater a informalidade, dentro e fora do Estado, pois algumas empresas insistem em trabalhar errado; valorizar os produtos capixabas e preservar sua qualidade; e promover vendas entre indústrias do mesmo setor, assim como dos demais, pois é uma excelente oportunidade”, concluiu Zanotelli.

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