Desemprego fica em 13,7% no 1º trimestre de 2017 e atinge 14,2 milhões
Essa é a maior taxa da série do indicador, iniciada em 2012. Em 3 anos, número de desempregados mais que dobrou no país.
desemprego subiu para 13,7% no trimestre de janeiro
a março, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad
Contínua. De acordo com o IBGE, essa foi a maior taxa de desocupação da série
histórica, iniciada em 2012. No 1º trimestre, o Brasil tinha 14,2 milhões de
desempregados, também batendo recorde da série histórica.
Em relação à taxa, as altas são de 1,7 ponto
percentual frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2016 (12%) e de 2,8
pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2016 (10,9%).
Já em relação ao número de desocupados, o
contingente cresceu 14,9% (mais 1,8 milhão de pessoas) frente ao trimestre de
outubro a dezembro de 2016 e 27,8% (mais 3,1 milhões em busca de trabalho) em
relação ao mesmo trimestre de 2016, segundo o IBGE.
Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e
Rendimento do IBGE, desde o 1º trimestre de 2014, o país perdeu cerca de 3
milhões de postos de trabalho com carteira assinada. De acordo com o IBGE, a
menor desocupação foi registrada no trimestre encerrado em fevereiro de 2014,
quando havia 6,6 milhões de desempregados, ou seja, esse número mais que dobrou
em três anos.
“O mercado de trabalho continua a apresentar
deterioração. Perdemos mais de 1,8 milhão de postos de trabalho, sendo que
cerca de 70% dessa perda foi de empregos com carteira de trabalho assinada”,
diz Azeredo.
Já a população ocupada também bateu recorde - é o
menor contingente desde o trimestre fevereiro-abril de 2012. No trimestre
encerrado em março, eram 88,9 milhões de pessoas no mercado de trabalho. O
recuo se deu tanto em relação ao trimestre anterior (-1,5%, ou menos 1,3 milhão
de pessoas) como em relação ao mesmo trimestre de 2016 (-1,9%, ou menos 1,7
milhão de pessoas).
Carteira
assinada
Desse total, 33,4 milhões de pessoas que estavam
empregadas no setor privado tinham carteira assinada. Esse número também recuou
em ambos os períodos de comparação: frente ao trimestre outubro/dezembro de
2016 (-1,8% ou menos 599 mil pessoas) e ao trimestre janeiro/março de 2016
(-3,5% ou menos 1,2 milhão de pessoas). Segundo o IBGE, foi o menor contingente
de trabalhadores com carteira assinada já observado na série histórica da
pesquisa.
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