A Coreia do Norte ameaçou nesta sexta-feira os Estados Unidos com
"consequências catastróficas" se o país persistir com sua política de
sanções e disse que vai continuar expandindo seu programa de armas
nucleares enquanto não houver uma mudança de postura em Washington.
O embaixador adjunto do país na ONU, Kim In Ryong, respondeu assim aos
pedidos do governo americano para endurecer as sanções internacionais
contra a Coreia do Norte em resposta a seus últimos testes de mísseis.
Segundo Kim, a capacidade nuclear norte-coreana vai continuar sendo
desenvolvida a grande velocidade enquanto os EUA insistirem com sua
política contra a Coreia do Norte, "suas desprezáveis ameaças nucleares,
extorsão, sanções e pressão".
O embaixador norte-coreano disse em uma entrevista coletiva que se o
governo de Donald Trump quiser adotar uma nova política para seu país,
ele deve acabar com as relações "hostis", entre elas sua política de
sanções.
Se o governo americano mantiver o caminho atual, no entanto, "terá que
assumir plena responsabilidade pelas conseguintes consequências
catastróficas", acrescentou o diplomata norte-coreano.
Kim assegurou que "a guerra está muito próxima" e que a tensão é fruto
unicamente das "políticas hostis" dos EUA e de suas "provocadoras"
manobras militares na região junto com a Coreia do Sul.
Por isso, o embaixador defendeu como necessários os testes com mísseis
balísticos de seu país, entre eles o realizado no último fim de semana.
O lançamento foi condenado de maneira unânime pelo Conselho de
Segurança da ONU, que proíbe a Coreia do Norte de realizar essas ações.
Kim atacou hoje o Conselho, ao acusá-lo de utilizar "dois pesos e duas
medidas" ao denunciar as ações norte-coreanas e ignorar as atividades
militares americanas.
Além disso, o embaixador qualificou de "ridículo" as alegações de que
seu país tem responsabilidade no ciberataque mundial da última semana e
em outros ataques cibernéticos. Além disso, Kim afirmou que "cada vez
que acontece algo estranho", os EUA se aproveitam para inflamar sua
"campanha" contra a Coreia do Norte.
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