A
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio produziu documento
em que analisa e contesta a reforma trabalhista do governo. A matéria
tramita no Senado. O texto critica diversos itens do projeto de lei
aprovado pela Câmara e apresenta contrapropostas ponto a ponto.
Maior
Confederação de trabalhadores do País, a CNTC tem 27 Federações, 800
Sindicatos e 12 milhões de trabalhadores na base. Chamado de “Manifesto
quanto à reforma trabalhista - nenhum direito a menos”, o texto é
assinado por Levi Fernandes, presidente, e Lourival Figueiredo Melo,
secretário-geral.
Dirigente - A Agência Sindical
entrevistou Lourival. Ele informa: “O documento orienta nossos
dirigentes no contato direto com deputados e senadores ou nas tratativas
com as assessorias técnicas dos parlamentares”. Para o sindicalista,
não basta ser contra. “É preciso expor as razões e também ter propostas
alternativas, porque é isso que muitos parlamentares pedem que façamos”,
argumenta.
Pontos -
No item “trabalho intermitente”, o documento da Confederação critica:
“Aqui, está clara a transferência do risco do negócio da empresa para o
trabalhador”. Quanto à “livre negociação”, o documento lembra que o
empregado “será sempre hipossuficiente contra o poder do capital”,
mostrando a falácia implícita no conceito de livre negociação.
Justiça -
Na página 6, a CNTC denuncia que a reforma engessa o poder de decidir
dos magistrados trabalhistas. No fecho do arrazoado, pontua: “A CNTC
rejeita o PL 38 da Câmara por entender que representa grande ameaça ao
princípio da dignidade da pessoa humana”.
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