Antes de ser afundado, o navio ainda vai passar por novo processo de retirada do que sobrou de óleo; Marinha garante que não haverá grande impacto ambiental.
O navio Stellar Banner vai ser afundado a 150 km da costa maranhense, segundo informou a Marinha do Brasil. A decisão do Comando do 4º Distrito Naval (Com4ºDN) foi confirmada depois de análise dos relatórios da Polaris Shipping, responsável pelo navio mercante, que encalhou em fevereiro deste ano.
Segundo a Marinha, antes de afundar o navio, equipes especializadas neste tipo de operação ainda vão retiradas o que sobrou de óleo no Stellar Banner. A Marinha garantiu por meio de nota que "a parte da carga, que ficará no navio, não oferece riscos à vida marinha e à vida humana e deverá permanecer em concordância com as autoridades ambiental e marítima".
Para confirmar que nenhum impacto ambiental aconteça, o processo de alijamento (afundar) as embarcações AHTS (Anchor Handling Tug Supply) Bear, OSRV (Oil Spill Response Vessel) Água Marinha, OSV (Offshore Support Vessel) Normand Installer e o Navio-Patrulha “Guanabara” devem acompanhar o processo até o fim.
Além da Marinha, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) estão acompanhando os trabalhos.
Na última quinta-feira (4) o Stellar Banner foi rebocado de onde ficou encalhado e passou a ficar em águas mais profundas, a cerca de 111 km de São Luís.
O reboque do navio se tornou possível após a remoção de cerca de 145 mil toneladas de minério de ferro e 3,9 mil metros cúbicos de óleo do Stellar Banner. A operação foi realizada no dia 12 de abril.
Área afetada
A área afetada no casco do navio é de cerca de 25 metros, segundo o chefe de Estado-Maior do Comando do 4º Distrito Naval, Robson Neves Fernandes. Atualmente, não há registro de vazamentos.
No dia 28 de fevereiro, o Ibama havia verificado o vazamento de 333 litros de óleo no mar e o poluente havia se espalhado por uma área de 0,79 km². Um dia depois, o instituto afirmou que não visualizou mais as manchas de óleo encontradas anteriormente.
Inquérito
A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Maranhão informou que abriu um inquérito para apurar possível crime ambiental no acidente do Stellar Banner. Antes, a Marinha já tinha informado que instaurou um inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades sobre o caso.
Acidente com o Stellar Banner
O navio Stellar Banner sofreu duas fissuras no casco no dia 25 de fevereiro, logo após ter saído do Terminal Portuário da Ponta da Madeira em São Luís, com destino a um comprador em Quingdo, na China. A embarcação possui capacidade para 300 mil toneladas de minério de ferro e tem 340 metros de comprimento, o equivalente a dois campos de futebol.
Segundo a Capitania dos Portos do Maranhão, logo após identificar as fissuras no casco, o navio começou a afundar no Oceano Atlântico, a cerca de 100 km da costa do litoral do Maranhão. Por conta da situação de emergência, o comandante do navio emitiu um alerta e levou o Stellar Banner para um banco de areia, onde ficou encalhado.
O navio tinha 20 tripulantes, sendo 12 coreanos e oito filipinos. Ninguém ficou ferido.
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