Investing.com - Na última sexta-feira, o Instituto Aço Brasil (IABr) informou que a produção brasileira de aço bruto de outubro foi a maior para o mês desde 2012. De acordo com o levantamento, as empresas siderúrgicas do país produziram 3,153 milhões de toneladas do produto no período, alta de 3,5% na base anual e de 4% em relação a setembro. Em 2018, as empresas acumulam produção de 29,247 milhões de toneladas de aço bruto, alta de 2,6% na comparação anual.
Para a Mirae Asset, os dados no geral são positivos e esperas uma recuperação mais forte em produção e consumo interno em 2019, principalmente após fevereiro, com a expectativa de retomada da economia. Eles seguem recomendando a compra para a GGBR4 (SA:GGBR4), com upside de 36%, para a USIM5 (SA:USIM5), com upside de 36% e neutra para a CSNA3 (SA:CSNA3), com uspide de 24%.
A notícia vem em um momento de incerteza com os mercados internacionais com o temor de um agravamento na tensão comercial entre Estados Unidos e China. A preocupação é que a disputa afete a economia global como um todo, levando a uma queda acentuada das commodities. Nesse cenário, uma recuperação da economia local seria de extrema importância.
O desempenho ocorreu com aumento no consumo interno, crescimento de exportações de placas e queda nas importações, em meio à desvalorização do real contra o dólar, e expansão na produção de setores como o de veículos, que este ano acumulou até outubro alta de 10 por cento sobre o mesmo período de 2017.
Apesar do crescimento da produção de aço bruto em outubro, a produção de laminados ficou praticamente estável contra um ano antes, a 2,067 milhões de toneladas. A produção de placas, que tem se aproveitado de ambiente melhor de preços nos Estados Unidos por conta das tarifas impostas pelo governo Trump, subiu 4 por cento na comparação anual, para 834 mil toneladas.
Segundo os dados do IABr, as vendas de aço no mercado brasileiro, enquanto isso, foram de 1,591 milhão de toneladas, crescimento de 8,4% sobre outubro de 2017, mas queda de 2,7 por cento no comparativo mensal.
Em meados do ano, o IABr cortou suas projeções para produção e vendas de aço no Brasil este ano. A estimativa para produção de aço bruto foi revista para alta de 4,3 por cento, a 35,8 milhões de toneladas e a de vendas no mercado interno passou a crescimento de 5 por cento, para 17,7 milhões de toneladas.
As importações de aço pelo país recuaram quase 33 por cento em outubro sobre um ano antes, para 125 mil toneladas, e as exportações das usinas siderúrgicas caíram 14 por cento no mesmo período, para 1,172 milhão de toneladas.
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