O presidente eleito, Jair Bolsonaro, participou neste sábado (1) da formatura de oficiais da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no sul do estado do Rio. Depois da cerimônia, ele voltou a fazer críticas ao Ibama.
A formatura foi de 427 cadetes, inclusive jovens de outros países que se tornaram oficiais do Exército.
Ao lado de Jair Bolsonaro, estava o atual ministro da Defesa, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, e a ministra Grace Mendonça, da Advocacia Geral da União. O futuro ministro da Defesa, o general da reserva Fernando Azevedo e Silva, e o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, também foram à solenidade. Além do futuro governador do Rio, Wilson Witzel, que neste sábado tomou café com Bolsonaro.
Jair Bolsonaro foi aluno da Academia Militar das Agulhas Negras. O presidente eleito se formou na turma de cadetes em 1977. E, desde então, vai todo ano à academia. Ao final da cerimônia deste sábado, ele falou com os jornalistas.
Bolsonaro fez críticas ao Ibama e disse que ainda analisa nomes para assumir o Ministério do Meio Ambiente.
“Todos são muito bons graças a Deus. Estou tendo dificuldade para escolher um bom nome. Não haverá mais aquela briga do Ministério da Agricultura com o Meio Ambiente. Eu quero defender, sou defensor do meio ambiente, mas dessa forma xiita como acontece, não. Não vou admitir mais Ibama sair multando a torto e a direito por aí. Bem como o ICMBio. Essa festa vai acabar”, afirmou.
Bolsonaro também fez declarações sobre as políticas ambientais e de defesa dos índios no país.
“O grande problema que nós temos aqui que tem que ser visto com bastante cautela é que as políticas indigenistas e ambientais não trabalham em prol do Brasil, trabalham em prol de interesses extra território brasileiro. Então, devemos tomar cuidado com isso. Nós temos tudo para sermos uma grande nação, mas por causa de uma política tacanha e mesquinha, que é potencializada na questão ambiental indigenista, continuamos aqui patinando na economia e nós temos que mudar isso aí”, disse.
O presidente eleito reiterou a vontade de pôr em votação a revogação da medida provisória 2215, para que os militares possam ter seus reajustes salariais garantidos.
“O que nós devemos é dar um salário compatível para com eles, botar em votação a medida provisória que desde o ano 2000 não foi votada ainda, isso é uma excrescência, isso é um descaso para com as Forças Armadas. O Parlamento juntamente com o Senado tem que votar a medida provisória 2215, de modo que nós tenhamos então uma lei de remuneração que nos atenda e reconheça o valor dos integrantes das Forças Armadas”, afirmou.
PF abre inquérito para investigar Paulo Guedes
A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar se Paulo Guedes, futuro ministro da economia de Jair Bolsonaro, cometeu irregularidades na administração de recursos de fundos de pensão de empresas estatais. De acordo com o pedido de investigação do Ministério Público Federal, a suspeita é de gestão fraudulenta ou temerária e prejuízo a fundos de pensão entre os anos de 2009 e 2013.
Em nota, a defesa de Paulo Guedes disse que ele agiu corretamente em todas as operações envolvendo fundos de investimento e reafirmou que todas as operações do fundo deram lucro aos cotistas, incluindo os fundos de pensão.
Questionado neste sábado, em Resende, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse desconhecer o inquérito contra o futuro ministro da Economia e depois minimizou o caso.
“Eu sou réu, e daí? Vão me questionar agora? Eu sou réu no Supremo Tribunal Federal. Todo mundo que eu converso, independentemente de ser amigo ou não, diz que é uma coisa que beira aí o absurdo a situação de eu ser réu no Supremo Tribunal Federal, onde estava defendendo uma mulher, vítima de estupro, e eu defendi uma condenação para um estuprador, o outro lado defendia que o estuprador devia ser tratado como um garotinho que apenas estuprou por cinco dias e matou uma menina de 16 anos de idade. E eu acabei sendo réu nesse processo. É justo isso? Agora, o povo entendeu que é uma injustiça que está sendo feita comigo, tanto é que votou em mim. Nos demais casos qualquer robustez em denuncia nós afastaremos o respectivo ministro, independentemente quem ele seja”, afirmou.
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