Aneel disse que a situação dos reservatórios melhorou. Por isso decidiu reduzir as tarifas das bandeiras amarela e vermelha.
A conta de luz vai baixar a partir de fevereiro. A Agência Nacional de
Energia Elétrica criou uma faixa mais barata pra bandeira vermelha, a
taxa que os consumidores pagam quando as usinas térmicas estão ligadas.
Faz um ano que a bandeira vermelha entrou em vigor. Até novembro, ela
produziu uma arrecadação de mais de R$ 13 bilhões.
A Mônica não sabe mais o que fazer para economizar. Roupa pra passar? Olha aí, tudo acumulado. Só passa uma vez por mês. Lavar, começa sempre pelo tanquinho que é mais econômico. Micro-ondas, exaustor, tudo desligado. E as lâmpadas? Ai do filho que pensar em deixar alguma acesa.
A Mônica não sabe mais o que fazer para economizar. Roupa pra passar? Olha aí, tudo acumulado. Só passa uma vez por mês. Lavar, começa sempre pelo tanquinho que é mais econômico. Micro-ondas, exaustor, tudo desligado. E as lâmpadas? Ai do filho que pensar em deixar alguma acesa.
Tanto esforço, mas as contas não diminuem. Com a decisão desta terça-feira (26) ela está um pouco mais animada.
“Vai ajudar. Pelo menos pra mim, sim vai ajudar muito”, diz.
Vai ajudar sim. Mas é bom continuar economizando. Porque vamos
continuar com a bandeira vermelha, e todo mundo já sabe, bandeira
vermelha, conta mais cara. No sistema de bandeiras tarifárias, há um ano
nas contas, as cores são fixadas de acordo com o custo da geração de
energia. As hidrelétricas produzem energia mais barata. As
termelétricas, mais cara. Pra sair do vermelho, só com muita chuva, com
os reservatórios cheios.
Nesta terça-feira (26), a Agência Nacional de Energia Elétrica disse
que com as últimas chuvas, a situação melhorou, principalmente no
Sudeste e algumas termelétricas já foram desligadas e por isso decidiu
reduzir as tarifas das bandeiras amarela e vermelha.
“Nós ainda estamos no período úmido, que se encerra em abril, mas
começa a dar acenos de que ele está muito mais favorável do que a gente
identificou de 2010 até 2015 e isso nos permite tomar uma decisão com
segurança, diminuindo o valor da bandeira tarifária. Entretanto, a cor
ainda é vermelha”, explica André Pepitoni, diretor da Aneel.
Com a cor verde, não mudou nada. Se ela for adotada um dia, a tarifa
não vai ter nenhum acréscimo. Já amarela caiu. De R$ 2,50 para R$ 1,50
para cada cem quilowats consumidos.
E a bandeira vermelha, a única que tivemos até agora e que cobrava R$
4,50, passa a ter duas faixas, dois patamares. O primeiro, mais baixo:
R$ 3. O segundo, os mesmos R$ 4,50 de hoje.
A partir de primeiro de fevereiro, a bandeira vai continuar vermelha, mas com a tarifa menor, de R$ 3.
O especialista Fernando Umbria diz que a conta continua cara: o governo
baixou por decreto em 2013, depois teve que subir porque criou
problemas no caixa das empresas. Veio a crise hídrica e a conta
disparou, 51% no ano passado, segundo o IBGE.
“Nós temos encargos que precisaram ser repassados pro setor elétrico e
que permanecem ao longo dos próximos quatro ou cinco anos. Não há uma
expectativa de reduções importantes nesse período. Se formos pensar em
alguma coisa, já temos que pensar do médio prazo pra frente”, aponta o
consultor da LPS Energética.
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