A Associação Comunitária de Moradores de Piquiá de Baixo, município de Açailândia, distante a 70 km de Imperatriz, realizou na tarde desta sexta-feira (21) na igreja São José, a reunião de apresentação da atual situação de reassentamento do bairro.
Durante o encontro, foi discutido o andamento do processo de transposição de 300 famílias para um novo bairro, para o qual já tem projeto urbanístico e habitacional elaborado. O projeto foi apresentado no dia 21 de maio desse ano, data da última audiência pública sobre o projeto habitacional dos moradores do Piquiá, realizada na Câmara Municipal de Açailândia.
Terreno
Há dois anos os moradores conseguiram a desapropriação de um terreno de 38 hectares para a construção do bairro, mas a população ainda não recebeu da prefeitura a área destinada ao projeto.
Após a ação de desapropriação da área, foi realizada uma nova avaliação de custo a pedido do proprietário, o terreno que antes custava 450 mil reais passou a valer R$ 1 milhão. Esse é o principal empecilho que faz o processo permanecer em passos muito lentos, de acordo com a prefeitura.
Para o advogado Antônio Filhos, “falta interesse político para resolver o problema, uma vez que já foi feita a desapropriação e o projeto urbanístico já está pronto”.
Desde então, a associação de moradores juntamente com entidades e organizações não governamentais vem buscando diálogo e aguardando respostas por parte do poder público.
Piquiá de Baixo
Piquiá de Baixo é um bairro industrial do município de Açailândia com aproximadamente 300 famílias que há três décadas sofrem os impactos socioambientais causados por cinco siderúrgicas. São comuns os casos de problemas de saúde, acidentes e desrespeito as leis ambientais no local.
Segundo Joselma Alves, membro da associação de moradores, a comunidade do Piquiá espera e necessita de uma resposta positiva por parte dos governantes “O Piquiá tem direito a pelo menos o básico e isso a gente não tem, há mais de 22 anos que nós estamos aqui, a gente não tem rua, esgoto... A educação não é de qualidade e nós só temos uma escola que funciona de primeira a quarta série”.
( Da Rede Justiça nos Trilhos, 22/06/2013)
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