O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem que serão mantidos os níveis atuais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros e móveis até dezembro. Esses produtos, que contavam com alíquotas reduzidas do imposto nos últimos dois anos, voltariam ao patamar original (sem descontos) do tributo a partir de hoje. Os automóveis de até 1.000 cilindradas, por exemplo, seguirão com 3% de IPI; os móveis, com 4%, as luminárias, 12% (veja no quadro ao lado).
Segundo o dirigente, a seletividade do crédito, por parte dos bancos, tem prejudicado a demanda. “E quando falamos em manutenção das alíquotas, isso significa a não alteração de preços; se isso ocorresse, seria fator extremamente negativo para as vendas no segundo semestre”, acrescentou.
No entanto, Papa considerou que a medida dará fôlego ao mercado. “Os estoques hoje estão quase o dobro da média histórica (de 27 dias)”, disse, citando que, atualmente, o segmento acumula carros estocados para 50 dias. De janeiro a maio as vendas de veículos acumulam queda de 5,5% de janeiro a maio, com 1,4 milhão de unidades licenciadas.
Mantega citou ainda que o governo deixará de arrecadar R$ 800 milhões no segundo semestre com o IPI menor para os carros e, no caso de móveis, painéis e revestimentos, perderá R$ 161 milhões no período.
Moan, no entanto, argumentou que a elevação do imposto reduziria as vendas, gerando arrecadação menor e afirmou que, de maio de 2012 (quando foi iniciada a política de redução do tributo), até dezembro de 2013, apesar de perdas com esse imposto, houve ganhos em outros, que geraram R$ 8,1 bilhões aos cofres públicos.
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