Medidas serão adotadas até o fim do ano. Segundo a fabricante de pneus, unidade de Santo André deve reduzir número de trabalhadores de 3,4 mil para 2,8 mil
Atualmente, a fábrica da Bridgestone em Santo André tem 3,4 mil funcionários. Com os cortes anunciados, o total colaboradores da unidade deve ser reduzido para 2,8 mil.
Com a mudança anunciada pela companhia, a produção de pneus de passeio e caminhonetes ficará concentrada na unidade da empresa em Camaçari, na Bahia.
Em nota, a fabricante informou que a mudança faz "parte de um processo contínuo de avaliação do negócio e do mercado, para assegurar a competitividade da companhia e determinar a melhor alocação de recursos".
Cortes e redução da produção no ABC Paulista
O ABC Paulista tem cerca de 255 mil trabalhadores na indústria automobilística. Antes protagonista na geração de emprego no setor, o histórico recente é de cortes. Em 2019, a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP) foi desativada, e 600 funcionários demitidos.
Em abril do ano passado, a Toyota anunciou o fechamento de sua fábrica também em São Bernardo e a transferência de sua produção para outras instalações no estado de São Paulo. A conclusão das mudanças está prevista para novembro deste ano.
Em setembro passado, a Mercedes-Benz anunciou a demissão de 3,6 mil trabalhadores. Mas, após acordo com o sindicato dos metalúrgicos, ficou acertado um programa de demissão voluntária (PDV) com estimativa de 1,5 mil adesões.
A fábrica de caminhões da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, vai reduzir a produção deste ano adotando turno único na unidade por dois ou três meses, a partir de maio, e disse que alguns trabalhadores estão em formato de lay off (suspensão temporária do contrato com o colaborador e diminuição de salário e da jornada de trabalho).
Volks vai reduzir turno
A partir do dia 1º de junho, numa tentativa de adequar a produção ao volume de vendas, que está em queda este ano, a Volkswagen vai reduzir de dois turnos para um o funcionamento de suas fábricas em São José dos Pinhais, no Paraná, e Taubaté, no interior de São Paulo. A montadora alemã também vai adotar o lay off por entre dois e cinco meses.
A previsão é que 700, dos dois mil funcionários da unidade do Paraná tenham o contrato suspenso, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região. A produção diária de veículos cairá de 500 unidades para 300 unidades ao dia. O objetivo era fabricar 100 mil veículos este ano, mas com a medida serão 90 mil unidades.
Entre março e abril, a Volks já tinha dado férias coletivas para dois mil metalúrgicos, na unidade de Taubaté e na fábrica de motores de São Carlos, também em São Paulo. Um grupo de 900 trabalhadores chegou a ficar afastado do trabalho por um mês.
Desde o início do ano, pelo menos 16 fábricas já anunciaram paralisações por falta de componentes, incluindo duas de motores, sem contar os lay offs. É mais da metade das 27 montadoras associadas à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) que representa o setor. No total, o Brasil tem 57 fábricas do setor, que produzem motores, veículos, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas. Neste ano, houve também três encerramentos de turnos, sem data para retorno.
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