Na última eleição para os cargos de deputados (as) estaduais e federais, o Maranhão teve baixa representatividade na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal nenhuma voz feminina. Após mais de 90 anos do voto feminino, a situação no estado contribui para o cenário no país, que está entre as piores colocações de mulheres em cargos eletivos.
Nos últimos anos houve avanços fundamentais para ampliar o número de candidaturas femininas, mas parece que não o suficiente. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 70 mil cargos eletivos no país, apenas 12,32%, ou seja, 8.624 mandados são ocupados por mulheres.
No Maranhão, apenas 10 mulheres ocupam alguma cadeira na Assembleia Legislativa, que é composta atualmente por 42 Deputados (as) Estaduais. Nenhuma representante do estado tem mandato em exercício na Câmara Federal, em Brasília.
Betel Gomes, Socorro Waquim deixaram a condição de suplentes e passaram a ser titulares de mandatos na atual legislatura. Já eram deputadas: Ana do Gás (PCdoB), Andreia Rezende (DEM), Cleide Coutinho (PDT), Daniella (DEM), Detinha (PR), Thaiza Hortegal (PP), Helena Duailibe (Solidariedade) e Mical Damasceno (PTB).
As mulheres encontram grandes dificuldades em ocupar espaços de poder, serem eleitas ou terem voz ativa nas tomadas de decisões políticas. A não ocupação desses espaços deixa as mulheres à margem dos processos de elaboração das políticas públicas, além de enfraquecer a democracia. A Deputada Estadual Daniella, pré-candidata à releeição diz que as políticas públicas e decições precisam ser tomadas por quem sente diariamente a realidade das desigualdades. “Por isso é importante que nós mulheres também estejamos à frente de cargos eletivos. Só assim viabilizamos um debate justo sobre as escolhas para a classe feminina”, disse Daniella.
Com as eleições chegando, uma nova janela de oportunidades também se abre para novos nomes. No registro de candidaturas alguns nomes aparecem em destaque, como o da pré-candidata à Câmara Federal, Amanda Gentil. A engenheira de formação, é uma das mais jovens mulheres a disputar uma vaga como Deputada Federal.
“O nosso estado precisa de representatividade, mas nós mulheres precisamos ainda mais desse salto na política. Ocupar espaços de poder, nos possibilita criar oportunidades maiores para futuras gerações de mulheres. Me proponho a uma vaga não só para aumentar os percentuais de participação feminina no cenário político, mas para atuar no processo de elaboração de políticas públicas”, pontuou Amanda Gentil.
Por Jorge Aragão
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