A mineração em Minas Gerais continua fortemente dependente do minério do ferro e deve continuar assim por mais algumas décadas. Aliás, não apenas Minas Gerais mas o Brasil, já que o minério de ferro continua sendo a principal substância mineral, em valor, produzida no País. De acordo com o Anuário Mineral Brasileiro de 2018, publicado pela ANM, o minério de ferro respondeu por 71,1% do valor da produção mineral comercializada em 2017. A terceira substância com maior peso no valor da PMB, com 8.9% do total, é o ouro, do qual Minas Gerais é também o maior produtor. O que significa que continua fazendo sentido a frase do britânico George Chalmers, um dos primeiros superintendentes da então St. John d´El Rey Mining Company, de que “Minas Gerais é um peito de ferro com um coração de ouro”.
Os números falam por si: em 2017 o estado de Minas Gerais produziu 406,8 milhões de toneladas (ROM) de minério de ferro, contra 168,5 milhões t do estado do Pará, que se coloca como segundo maior produtor. O problema é que, embora se mantenha como o principal produtor em termos de volume de minério produzido, a situação muda quando se fala em ferro contido. As 406,8 milhões t de ROM extraídas em território mineiro geraram apenas 204,8 milhões t em ferro contido, já que o teor médio foi de 50,34% Fe, contra uma média de 65,46% do minério paraense, fazendo com que as 168,5 milhões t de ROM gerassem 110,3 milhões t em termos de ferro contido. Ou seja, Minas Gerais tem que lavrar muito mais minério para obter a mesma quantidade de ferro, devido à queda de teor. Para mais detalhes sobre o peso da mineração para Minas Gerais acesse a edição 393 de Brasil Mineral em www.brasilmineral.com.br/revista/393
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