Dez Estados vão aumentar a tributação do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a telefonia partir de janeiro. O
serviço de telefonia brasileiro já tem a maior taxação do mundo. A
tributação média ficará em 45%, o dobro da praticada na Argentina, que
tem a segunda mais elevada, de 26%. Apesar de ser um serviço básico, a
telefonia tem uma taxação semelhante à de bebidas, fumo e armas no
Brasil. Até o início deste mês, dez Estados aprovaram também o aumento
do ICMS sobre bebidas frias a partir de janeiro. A taxa vai de 18% em
São Paulo a 29% no Rio Grande do Norte.
Os governos estaduais justificam que estão com as finanças combalidas
pela queda da arrecadação, enfrentam o aumento das despesas
obrigatórias, não conseguem cortar mais gastos e seguem o exemplo do
governo federal, que pretende recriar a CPMF. Levantamento das contas
públicas feito pelo Banco Central (BC) mostra que os Estados e
municípios acumularam um superávit primário de R$ 17 bilhões de janeiro a
outubro, apesar das dificuldades visíveis de alguns deles. A verdade é
que a metodologia do Banco Central capta o retrato inteiro: foca
essencialmente o endividamento bancário e deixa de lado as dívidas
estaduais na forma de depósitos judiciais, atrasos de salários e
pagamento a fornecedores (Valor, 26/11).
Problemas desse tipo têm pipocado pelo país. O caso mais notório é o
do Rio Grande do Sul, que editou um dos mais amplos pacotes tributários
onerando gasolina, etanol, energia elétrica residencial e comercial,
cerveja, chope, refrigerantes, perfumaria e cosméticos, cigarros,
cigarrilhas, cachimbos e fumo. Mas não é o único. Os investimentos foram
os primeiros a serem cortados. Levantamento em 22 capitais mostrou uma
queda média de 17% dos investimentos de janeiro a agosto, excluindo-se a
cidade do Rio, uma exceção por causa dos preparativos para a Olimpíada.
Agora, alguns Estados falam em cortar benefícios e segurar o reajuste
do piso do professor ("Folha de S. Paulo", 14/12). Cinco Estados
estudam cortar a licença-prêmio e a estabilidade financeira dos
funcionários; em alguns casos, até o 13º. salário está ameaçado. Até
agosto, 17 Estados haviam ultrapassado o limite de gastos com pessoal
previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal que é de até 46,17% da
receita corrente líquida. Acima de 48,6%, as contas podem ser
rejeitadas.
Aumentar impostos tem seus limites. O principal risco é inibir o
consumo, frustrando a arrecadação imaginada. Por isso, os Estados têm
combatido em outra frente, que é a da pressão pela liberação de
empréstimos e avais junto ao governo federal. Estados e municípios têm
quase R$ 20 bilhões em pedidos de empréstimos em análise pelo Ministério
da Fazenda, dos quais R$ 4,5 bilhões são créditos a serem levantados no
mercado interno e US$ 3,9 bilhões no externo, operações que muitas
vezes esbarram nos limites de garantias prestadas pela União.
Mas a Fazenda está segurando essas liberações como parte do ajuste
fiscal perseguido pelo ministro Joaquim Levy. De janeiro a novembro, a
Fazenda autorizou Estados e municípios a levantarem R$ 6,3 bilhões, dos
quais R$ 4,8 bilhões a serem obtidos no mercado interno e R$ 1,4 bilhão
no externo. O volume é significativamente inferior ao dos últimos anos.
Em 2013, foram liberados R$ 39,5 bilhões; e, em 2014, R$ 33,5 bilhões.
A Fazenda está coberta de razão. Esses empréstimos não aumentaram os
investimentos dos Estados e foram usados para outros fins, como pagar o
aumento da folha de pagamentos. Os empréstimos externos precisam passar
pelo crivo da Comissão de Financiamento Externo (Cofiex) do Ministério
do Planejamento. Desde agosto, a Cofiex não liberava novas operações e
só voltou a dar o sinal verde em novembro, com o aval para captações
externas totalizando R$ 1,7 bilhão, depois de forte pressão.
A política da Fazenda para os empréstimos de Estados e municípios
tornou-se a mais recente fonte de atrito com o Planejamento e alvo de
críticas à política econômica do ministro Joaquim Levy. O Valor
apurou que o Palácio do Planalto, acuado pela ameaça de impeachment,
também apoia a liberação dos empréstimos em troca de apoio político como
retribuição. Até o ex-presidente Lula aventou usar a aprovação dos
créditos na articulação de apoio junto a governadores estaduais em
dificuldades financeiras. O que seria uma questão técnica e objetiva
tornou-se nova moeda de troca no palco político. Ontem, o Cofiex aprovou
teto de R$ 8,9 bilhões para empréstimos a 19 Estados e municípios no
ano que vem.
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