O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (18), que o Brasil tem uma oportunidade única de conquistar aliados e investimentos relacionados à pauta do meio ambiente e da transição energética.
A declaração foi dada em nova edição do programa “Conversa com o Presidente”, transmitido semanalmente em seu canal oficial no YouTube e pelas redes sociais. Desta vez, a live foi realizada em Bruxelas, capital da Bélgica, onde o mandatário participa da III Cúpula entre os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia.
“O Brasil tem uma chance excepcional. Nunca antes na história eu vi o Brasil com a oportunidade que ele tem de conquistar aliados, espaço, investimento, sobretudo nessa questão da transição energética – energia eólica, solar, biomassa, etanol, biodiesel e agora com hidrogênio verde. A chance do Brasil é extraordinária e acho que não podemos jogar fora essa oportunidade”, disse.
“O século XXI definitivamente vai ser o século da independência verdadeira do Brasil, do ponto de vista econômico, cultural, social e geopolítico”, afirmou o presidente durante a entrevista conduzida pelo jornalista Marcos Uchôa.
No programa, Lula destacou a importância da Amazônia para o planeta e a luta contra as mudanças climáticas, mas defendeu a compatibilização da preservação da floresta com as necessidades das populações locais. “O Brasil, que já era importante, agora com a questão da transição energética que o mundo está atravessando, está virando mais importante ainda, porque todo mundo está de olho na Amazônia”, disse.
“Não queremos transformar a Amazônia no santuário da humanidade. A Amazônia é um território sobre o qual o Brasil tem poder soberano, mas o que queremos compartilhar é a exploração científica da riqueza da biodiversidade, para saber se dali podemos extrair produtos fármacos, se podemos fazer coisa para a indústria de cosméticos, mas sobretudo para tentarmos pesquisar como melhorar a vida do povo que mora na selva. Como podemos melhorar a vida dos indígenas, dos pescadores, dos ribeirinhos, dos extrativistas e a vida do conjunto da sociedade na Amazônia da América do Sul?”, prosseguiu.
“A humanidade toda precisa levar em conta que cada gesto nosso daqui para frente pode melhorar ou piorar a situação do planeta. (…) Como o Brasil ainda tem milhões de quilômetros da Amazônia preservados, precisamos transformar isso em um patrimônio efetivamente brasileiro, mas que gere melhoria da qualidade de vida para o povo brasileiro”, pontuou.
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