Ministro do STF foi hostilizado nos Estados Unidos. Por meio de nota, ele apontou o discurso de ódio instalado no país. Flávio Dino, ministro da Justiça, também se manifestou sobre o caso
Barroso destacou o perigo do discurso de ódio que se instalou no país nos últimos anos. “É uma mistura de ódio, ignorância, espírito antidemocrático e falta de educação. O Brasil adoeceu. Espero que consigamos curá-lo e que uma luz espiritual ilumine essas pessoas”, disse no comunicado.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, também se manifestou sobre o caso. Nas redes sociais, ele disse que enviará um documento à presidente do STF, ministra Rosa Weber, colocando a Polícia Federal à disposição para investigar os episódios de agressão e ameaças aos ministros.
“Vou enviar ofício à Presidente do STF frisando que a Polícia Federal está à disposição para investigar os episódios de agressão e ameaças a ministros daquele Tribunal e de outros. São extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas, aeroportos, restaurantes etc”, escreveu Dino.
Outros casos
Em novembro, o ministro Luís Roberto Barroso foi abordado por um bolsonarista enquanto caminhava em Nova York, EUA. Na ocasião, ele respondeu ao homem: "Perdeu, mané. Não amola". A frase foi em referência à derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. O manifestante não aceitava o resultado das eleições.
Em novembro, em um ato de descontrole dos apoiadores de Bolsonaro, Barroso precisou da ajuda da Polícia Militar, após ser hostilizado na cidade de Porto Belo, litoral de Santa Catarina, enquanto jantava com amigos. Em nota, o gabinete do magistrado disse que ele preferiu se retirar, pois a "manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta".
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