Segundo Defesa Civil, seis diques do Sistema Pontal vão passar por reforços e posteriormente serão descaracterizados. Volume de rejeitos nas barragens que vão passar por obra é cerca de 10 vezes da barragem de Brumadinho.
A Vale fará obras de reforço em seis diques no sistema Pontal de barragens, na Mina do Cauê, em 2020, em Itabira, na Região Central de Minas Gerais. O complexo de barragens é um dos maiores do estado e tem um volume de cerca de 220 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério. As informações foram repassadas ao G1 pela Defesa Civil de Minas Gerais.
De acordo com o órgão, os trabalhos estão em fase final da proposta executiva, em janeiro uma empresa deve ser contratada, e as obras estão previstas para começar no período da seca, a partir de abril.
Os seis diques que vão ser reforçados são: o 2, o 3, o 4, o 5, o Cordão Nova Vista e o Minervino. Conforme o tenente-coronel Flávio Godinho, cerca de 100 milhões de metros cúbicos de rejeitos estão alocados nestas estruturas, aproximadamente 10 vezes o volume da barragem da Mina Córrego do Feijão, que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em janeiro deste ano.
Godinho afirmou ainda que a Vale vai descaracterizar estes diques em 2021, ou seja, reintegrar o material ao meio ambiente.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, as medidas em Itabira fazem parte de um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) onde é realizada auditoria externa para verificação de segurança e estabilidade de todas as estruturas (barragens e diques) da Vale na cidade. São realizadas reuniões mensais com a presença dos auditores onde são definidas deliberações e recomendações. As obras foram discutidas no início deste mês em uma das reuniões.
A Vale também foi questionada sobre as obras, mas apenas respondeu que cumpre um cronograma. “A Vale informa que os projetos estão em fase de detalhamento técnico. As obras de descaracterização serão realizadas dentro dos prazos definidos pela legislação vigente”.
Nível 1
O sistema Pontal teve o nível de segurança elevado para 1 em outubro deste ano. O este índice não requer a retirada de moradores de suas casas, medida que ocorre quando o nível passa para 2 e sirenes de evacuação são tocadas.
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