O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Marcos Holanda, disse hoje (6), por meio de nota, que o valor estimado de prejuízo de até R$ 1,5 trilhão por fraudes
na concessão de empréstimos da instituição é “completamente
equivocado”. O cálculo foi feito pelos ministérios públicos federal e
estadual, que investigam operações realizadas entre 2008 e 2013
envolvendo funcionários do banco e pelo menos 11 empresas.
De
acordo com a investigação, as fraudes na concessão dos empréstimos
passavam pela manipulação da nota de risco das empresas e pela cobrança
de propina para a liberação do dinheiro, equivalente a 2,5% do valor
concedido.
Segundo os órgãos, auditoria do Tribunal de Contas da
União (TCU) finalizada no ano passado apurou prejuízos de R$ 683
milhões, resultado da soma dos valores emprestados que nunca foram
pagos. No entanto, o promotor de Justiça Ricardo Rocha estima que o
prejuízo pode chegar a R$ 1,5 trilhão.
Na nota, Holanda diz que a
estimativa está equivocada, uma vez que o número corresponde ao dobro
do Produto Interno Bruto (PIB) de toda a Região Nordeste. Segundo o
presidente do banco, os resultados de apurações internas das denúncias
foram comunicados aos ministérios públicos, ao TCU e à Controladoria
Geral da União (CGU).
O banco concluiu os processos internos de
auditoria das concessões de crédito de 10 das 11 empresas citadas nas
denúncias. Dos 10 processos, quatro resultaram em processo
administrativo disciplinar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.