A articulação sacroilíaca pode ser uma
fonte de dor na região lombar baixa e nádegas podendo acometer até 15%
da população. Esta articulação é formada pela junção dos ossos do sacro e
ilíacos bilaterais. É uma articulação rígida (pouco movimento)
fortalecida por inúmeros ligamentos.
A inervação é principalmente devido as
raizes dorsais de S1 (parte posterior dos nervos que saem da coluna) com
uma contribuição menor das raizes de S2 ao S4.
Existem algumas doenças específicas que
podem acometer esta região, como por exemplo: osteoartrite, infecção,
tumores e doenças reumatológicas como Pelve espondilite anquilosante.
O diagnóstico da dor sacroilíaca é muito
difícil porque as queixas de dor do paciente em geral são muito
similares as queixas de pacientes com dor em coluna lombar. No entanto a
dor sacroilíaca típica raramente localiza-se acima da vértebra L5 e
geral é mais intensa ao redor do lado da articulação acometida.
Em geral os exames de imagem como RX,
Tomografia e Ressonancia Magnética não conseguem detectar com segurança
nem excluir a dor sacroilíaca.
Baseado na resposta do paciente a esse
procedimento (alivio da dor no momento da infiltração) pode indicar com
maior certeza que trata-se de uma afecção da articulação sacro ilíaca.
Os métodos para o tratamento da dor
sacroilíaca incluem medicações anti-inflamatórias, fisioterapia,
modificação da atividade, exercicios fisicos, manipulação manual,
injeções analgésicas (bloqueios), viscosuplementação, radiofrequencia.
Durante o tratamento fisioterápico a
alteração de flexibiliade e de força devem ser abordadas com
alongamentos da região e exercícios de fortalecimento da musculatura
pelvica. Exercicios de condicionamento fisico são fundamentais. Os
principais músculos a serem abordados são o gracil, semitendineo e
semimembranoso, e biceps da coxa, gluteo maximo e medio, piriforme,
eretor da espinha, grande dorsal e musculo iliaco.
A terapia de manipulação pode ser
realizada de três formas diferentes: mobilização direta, manipulação
direta e manipulações indiretas. Nenhuma das disciplinas de manipulação
(osteopatia, quiropraxia e terapia manual) provou ser mais eficaz que a
outra.
Se o paciente não responder a estes
tratamentos conservadores por um periodo de até 6 semanas (2 a 3 sessoes
semanais) outro tratamento pode ser tentatado.
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