O coronel Carlos Alves, militar da reserva que ofendeu a ministra Rosa Weber em um vídeo, publicou nova manifestação na tarde desta terça-feira (23/10), desta vez voltada ao ministro Gilmar Mendes.
O coronel ficou conhecido após chamar a ministra Rosa Weber de "salafrária e corrupta" e de "vagabunda" em vídeo no YouTube. Ele disse que, se Rosa impedir a posse de Jair Bolsonaro (PSL) por causa de crimes eleitorais, ele fechará o Supremo.
Agora, Carlos Alves declara não ter medo de nenhum ministro do STF e diz que, caso aconteça algo com ele, a culpa é do ministro Gilmar Mendes. "Finalmente a minha voz ecoou no Supremo e o Gilmarzinho Mendes está me ameaçando. Como se eu tivesse medo das ameaças dele."
No vídeo, o coronel diz: "Gilmar Mendes, eu posso processá-lo por estar me ameaçando. Eu não sou qualquer um! Eu sou um coronel do Exército, do seu Exército". Além disso, o coronel afirma que ministros do STF "aceitam suborno e cobram propinas para liberar Habeas Corpus".
Na sessão de hoje da 2ª turma do STF, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, chamou a atenção para o conteúdo criminoso da primeira manifestação do coronel. Ele classificou o vídeo como "imundo, sórdido e repugnante". O Exército, por sua vez, afirmou que pediu ao Ministério Público Militar que investigue o vídeo.
Na abertura da sessão da 2ª Turma nesta terça, Gilmar afirmou que declarações sobre fechar as portas do STF, como as proferidas por Eduardo Bolsonaro, buscam “criar ambiente de terror e suspeitas” e propôs que a Procuradoria Geral da República abra investigação contra o deputado.
Depois da manifestação de Celso de Mello sobre o conteúdo do vídeo, Gilmar Mendes defendeu a segurança da urna eletrônica e pediu serenidade durante o período eleitoral.
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