Airbus,
fabricante do avião da TAM que explodiu ao sair da pista do Aeroporto
de Congonhas, em São Paulo, em 2007, vai pagar uma indenização de mais
de R$ 30 milhões a um grupo de familiares das vítimas. No acidente, 199 pessoas morreram. O acordo foi homologado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
A Airbus, fabricante do avião, vai indenizar em mais de R$ 30 milhões
um grupo de 33 familiares. De acordo com a associação das famílias, é a
primeira vez que a empresa vai pagar uma indenização pela tragédia.
O advogado que representa o grupo conta que só decidiram acionar a
empresa porque existiam suspeitas de que o a tragédia aconteceu por
conta de um problema mecânico no avião.
“A ação foi originalmente movida contra a TAM, que operava a aeronave, e
a Airbus, que fabricou a aeronave”, explicou Flávio Galdino, advogado
das 33 famílias.
Por mais que o dinheiro não pague a ausência de um familiar, o dinheiro
pode ser considerado uma pequena compensação, diz o advogado.
“O que acontece com isso é que se atenuam os problemas econômicos que
as pessoas sofrem em razão das perdas de seus parentes. É uma pequena
compensação para uma perda abrupta e muito dolorosa para as famílias”,
explicou o Galdino.
Além do acordo, foram pagos para os parentes um seguro obrigatório
poucos anos após a tragédia e uma indenização complementar ordenada no
mês retrasado pelo Tribunal Regional Federal em São Paulo.
A Airbus foi procurada, mas afirmou que só vai se posicionar sobre a
questão depois de consultar a matriz da empresa, na França. A TAM não
faz parte deste processo, mas informou que as famílias de 197 vítimas
receberam indenizações.
Dez anos
A tragédia com o voo da TAM completou dez anos em julho sem nenhuma pessoa condenada pelo acidente. O Ministério Público Federal chegou a acusar três pessoas, mas todas foram inocentadas..
O avião partiu de Porto Alegre e atingiu o prédio da TAM que ficava do
outro lado da rua de uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo. No
local, atualmente, existe uma praça com 199 pontos luminosos que
representam as vítimas e que foi inaugurada há cinco anos. Do total de
mortos, 187 estavam na aeronave e 12 estavam no prédio. A construção do
espaço foi mais rápida do que o desenrolar do processo de indenização
das famílias na justiça.
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